Perfil

Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais, especialista em Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas Tecnologias e Educação à Distância. Mestre em Educação: Currículo (linha de pesquisa Novas Tecnologias e Educação). Professora aposentada pela SEESP (Sociologia) e professora universitária. O blog só tem como objetivo ampliar as discussões em sala de aula.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Refugiados judeus no Brasil

O Brasil na ditadura de Getúlio Vargas e parte do governo de Dutra, entre 1933 e 1948, emitiu circulares secretas com o objetivo de impedir, ao menos dificultar, a entrada de judeus que fugiam da perseguição nazista e do fascismo europeu, o que desmitifica (de mito)a ideia de que o Brasil seja um país cordial, onde não existe racismo. Este é o tema do livro Cidadão do Mundo – o Brasil diante do Holocausto e dos judeus refugiados do nazifascismo – 1933-1948, publicado pela Editora Perspectiva, resultado da pesquisa que originou a tese de livre docência da professora Maria Luiza Tucci Carneiro.
O livro analisa a perseguição do povo judeu na Europa a partir de 1933 com a ascensão de Hitler e do nazismo na Alemanha. Os judeus que chegam ao nosso país só encontrarão abrigo na comunidade judaica, pois nosso governo tem absurdo descaso com o sofrimento deste povo injuriado, caluniado e perseguido sem descanso até hoje.
Segundo a professora Maria Luiza, os judeus eram associados ao comunismo e considerados perigosos, além de serem considerados pessoas de raça inferior! Infelizmente, só uma minoria de diplomatas se sensibilizou com o drama do povo judeu e raros se ofereceram para ajudar.
Entre os diplomatas brasileiros que se comprometeram com uma postura humanitária estão Luiz Martins de Souza Dantas, embaixador do Brasil na França de 1922 a 1944, e que concedeu cerca de 500 vistos, desobedecendo as ordens antissemitas do governo Vargas e, por isso, é considerado pelo Instituto Yad Vashem, em Israel, como um dos “Justos entre as Nações“.
No período do Pós-guerra, destaca a historiadora, Oswaldo Aranha, ex-ministro das Relações Exteriores na Era Vargas, produziu um relatório: “No final do relatório, Oswaldo Aranha apontava que se realmente fosse votada a partilha da Palestina, o Brasil poderia ficar tranquilo pois os judeus teriam, a partir de então, um território próprio específico e o país não precisaria mais se preocupar em receber esses ‘cidadãos do mundo’”. Outro ponto vergonhoso para o nosso país, apontado pela pesquisa: o Comitê Internacional para Refugiados Políticos apelou, por meio de dezenas de cartas, para dezenas de países, pedindo auxílio para salvar cerca de 10 mil crianças judias órfãs, retirando-as da França e Hungria ocupadas, mas houve morosidade e a insensibilidade do governo brasileiro: “O governo de Vargas impõs uma série de condições para aceitar cerca de 500 crianças. Exigia, dentre outras condições, que elas fossem educadas por pais católicos, de forma a anular sua identidade judaica; não poderiam ter contato com a família de origem; e não deveriam ter mais de 10 anos de idade”, conta a professora. Quando o governo brasileiro decidiu oficialmente aceitar as crianças, em junho de 1945 – portanto em pleno governo Dutra -, elas já haviam sido resgatadas graças à ajuda dos Estados Unidos e Grã-Bretanha”, conta.
Informações: (11) 3091-8598 ou email malutucci@gmail.com, com a professora Maria Luiza Tucci Carneiro ou junto ao Arqshoah – Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo disponível no endereço www.arqshoah.com.br
fonte: Agência USP

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