Perfil

Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais, especialista em Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas Tecnologias e Educação à Distância. Mestre em Educação: Currículo (linha de pesquisa Novas Tecnologias e Educação). Professora aposentada pela SEESP (Sociologia) e professora universitária. O blog só tem como objetivo ampliar as discussões em sala de aula.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Portas

Em 2004, no início de nosso mestrado, nossa colega Claudia mandou o texto abaixo, lindo, de sua autoria. Com sua autorização eu compartilho com vocês:
Pessoas são como portas
Certa vez, numa época de muita dificuldade da minha vida, mais precisamente num embaraço amoroso, o famoso pé no traseiro de alguém, uma colega me deu um texto de Pablo Neruda que dizia: pessoas são como presentes. O texto era bom, mas não aliviava a dor de cotovelo. Na verdade não era bem o cotovelo que doía...
Depois de três anos batendo na porta da PUC ingressei no sonhado mestrado e conheci vocês. Queria mesmo escrever coisas bem rebuscadas com fitas de cetim para cada um. Procurei no meu rico vocabulário, que me é peculiar, mas não quis comparar vocês a presentes.
... vieram todos vocês como portas, incluindo os professores. Vocês devem estar pensando: A Claudia insandeceu! Não ainda.
Cada um de nós somos como portas numa sala que é a própria vida da qual não podemos nos retirar. A não ser que nos matemos..
Somos portas para os outros que se desejarem, o tal do livre arbítrio, podem bater. Por meio de nós, as portas abrem de um outro lado, onde as salas são as nossas mentes e nela habita o que somos e o que sentimos. Talvez sintamos com a mente. O coração? uma conseqüência...
Vejamos: se somos portas e se elas abrem e fecham, tudo depende de nós e também de quem e o que vai entrar.
Entrei em vocês sem vocês me convidarem. Vocês, portas, estavam abertas para mim.
Entrei na porta Professor Cortella, que é do tipo giratória, ou seja, qualquer lugar em que se pare oferece saídas, ou uma porteira de madeira onde o boi brabo chamado conhecimento sempre arrebenta e quer sair.
A porta Myrtes Alonso: entrar não foi fácil, entretanto uma vez aberta, difícil sair.
A porta Mére Abramowics, sem trincos.
A Porta Alessandra que se frustra quando vê outras trancadas no caminho...
A Porta crítica Ana Lúcia que analisa, infere, mas infelizmente se cala...
A Porta concomitante e versátil Ana Tereza, de um lado PUC de outro, Microsoft...
A Porta Delminda com seu poder inesgotável de reiteração...
A Gilda, uma porta de madeira maciça, bem entalhada com formas barrocas...
A porta Irecê, curiosa e com muita claridade em seu interior.
A Ivete uma porta que abre dos dois lados, a família e os estudos.
A Porta Janis que permite a entrada de todos e todas com a frase: bem-vindos!
A porta Julia que tem escrito no batente: quem abre a minha porta sou eu...
A porta Toun, aquela que abre no momento certo, jamais com abrakadabra...
A porta Katiana que parece de papel, mas em seu interior, aço ...
A doce porta Cidinha, que se afixa: entre sem bater...
A porta Cristina que é de difícil acesso por causa dos livros em cima do capacho...
A Mariana, uma porta bem novinha, mas que não é qualquer um que entra...
A porta Maurício, antes de entrar precisa-se pensar...
A porta Neli, uma leitura prévia e rigorosa convém para sermos convidados...
A Nilda, uma porta com jeito de criança que na militância quer crescer...
A Noemi uma porta difícil de se abrir, mas vale a pena tentar...
Patrícia P a porta que fica lá no alto e precisamos subir alguns degraus para abri-la.
Patrícia Torres, uma porta que quando aberta, emociona ...
A porta JLuis, segura que se sustenta sem cadeados...
A porta Eunice, que já foi de “tauba” agora é de ébano...
A porta Sumaya que dentro abriga lições de mãe...
A porta Thiago, ansiosa para ser aberta...
A porta Lucélia que pergunta: quem está batendo...
A porta Nilde que carinhosamente abençoa quem a bate...
A porta Valter que se questiona se é mesmo porta.
A porta Windsor, envernizada e brilhante.
A Porta Sandra que ao se abrir sempre sorri...
E que porta sou eu? Sou um pouco de todas as que bati e pude retirar o que me foi possível e permitido. Se tivesse que me intitular uma porta, diria que sou teimosa como tal, mas uma teimosia recalcitrante de um dia achar, depois de muito bater com a cara na porta, a que esteja escrito: Felicidade.
Felicidades e sucesso para todos e todas e que muitas portas!
Com verdadeiro carinho e admiração,
Claudia

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