Perfil

Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais, especialista em Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas Tecnologias e Educação à Distância. Mestre em Educação: Currículo (linha de pesquisa Novas Tecnologias e Educação). Professora aposentada pela SEESP (Sociologia) e professora universitária. O blog só tem como objetivo ampliar as discussões em sala de aula.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sobre ética e Jornalismo

postagem do grande Marco Antonio Albuquerque numa rede social:
Um trecho de um livro do CLAUDIO ABRAMO que todo comunicador (jornalista, radialista, publicitário etc) deveria saber de cor:

A ÉTICA DO MARCENEIRO

" Sou jornalista, mas gosto mesmo é de marcenaria. Gosto de fazer móveis, cadeiras, e minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista - não tenho duas.

Não existe uma ética específica do jornalista: sua ética é a mesma do cidadão. Suponho que não se vai esperar que, pelo fato de ser jornalista, o sujeito possa bater carteira e não ir para a cadeia.

Onde entra a ética? O que o jornalista não deve fazer que o cidadão comum não deva fazer?

O cidadão não pode trair a palavra dada, não pode abusar da confiança do outro, não pode mentir.

No jornalismo, o limite entre o profissional como cidadão e como trabalhador é o mesmo que existe em qualquer profissão.

É preciso ter opinião para poder fazer opções e olhar o mundo da maneira que escolhemos. Se nos eximimos disso, perdemos o senso crítico para julgar qualquer outra coisa.

O jornalista não tem ética própria. Isso é um mito. A ética do jornalista é a ética do cidadão. O que é ruim para o cidadão é ruim para o jornalista.

A resolução da questão ética depende também do que o jornalista considera seu dever de cidadão. Caso ele saiba de algo que põe em perigo a pátria, que põe em perigo o povo brasileiro, o dever do cidadão deve se refletir na profissão. O limite do jornalista é esse, ou seja, o limite do cidadão. Se um médico souber que estão preparando um golpe de Estado, ele tem a obrigação de contar, se for contra. Se for a favor, ele não tem obrigação.

A ética do jornalista, portanto, é um mito que precisa ser desfeito.

O jornalista não pode ser despido de opinião política. A posição que considera o jornalista um ser separado da humanidade é uma bobagem. A própria objetividade é mal-administrada, porque se mistura com a necessidade de não se envolver, o que cria uma contradição na própria formulação política do trabalho jornalístico.

Deve-se, sim, ter opinião, saber onde ela começa e onde acaba, saber onde ela interfere nas coisas ou não. É preciso ter consciência. O que se procura, hoje, é exatamente tirar a consciência do jornalista.

O jornalista não deve ser ingênuo, deve ser cético. Ele não pode ser impiedoso com as coisas sem um critério ético. Nós não temos licença especial, dada por um xerife sobrenatural, para fazer o que quisermos.

O jornalismo é um meio de ganhar a vida, um trabalho como outro qualquer; é uma maneira de viver, não é uma cruzada.

E por isso você faz um acordo consigo mesmo: o jornal não é seu, é do dono. Está subentendido que se vai trabalhar de acordo com a norma determinada pelo dono do jornal, de acordo com as idéias do dono do jornal. É como um médico que atende um paciente. Esse médico pode ser fascista e o paciente, comunista, mas ele deve atender do mesmo jeito. E vice-versa. Assim o totalitário fascista não pode propor no jornal o fim da democracia e entrevistar alguém e pedir: "O senhor não quer dizer uma palavrinha contra a democracia?"; da mesma forma que o revolucionário de esquerda não pode propor o fim da propriedade privada dos meios de produção. Para trabalhar em jornal é preciso fazer um armistício consigo próprio."

Trecho retirado do livro A Regra do Jogo, de Claudio Abramo (1923 a 1987)

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The Intercept

CartaCapital

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